Historial da Educação na Idade Moderna
Introdução
Para
a compreensão de um dado facto, é sempre necessário conhecé -lo no passado.
Neste âmbito, o grupo pretende com o tema “Educação na Idade Moderna”dar
conceito do que é a Educação, e caracteriza-la na idade moderna tendo em conta
que são vários pensadores que deram seu contributo a volta da Educação nessa
era. Contudo, todos defendem que a Educação nesta era, dava oportunidade a
todos aqueles que a pretendesse, com finalidade de proporcionar-lhes
conhecimentos, capacidades e habilidades para a vida, isto é, desenvolver
competências no educando para enfrentar a sua própria vida. É neste sentido que
o autor, através da metodologia de pesquisa bibliografica, desenvolveu o tema.
1. Historial da Educação na
Idade Moderna
Foi
nesta época no século XVII que a classe capitalista se opunha ao feudalismo. A produção
apresentava-se de forma colectiva, é nessa época que a igreja detinha certo
controlo sobre a Educação. Surge uma contestação por parte dos reformistas que
queriam dissociar a Educação da religião.
O
homem lançava-se para as ciências (Química, Medicina Física) no domínio das
técnicas de produção. É nesta fase que a Pedagogia se torna ciência, o Homem se
empenha no estudo das ciências e o abandono progressivo do estudo das línguas
grego-latinas. Daí a Educação deixa de ser considerada como um meio de aperfeiçoar
o corpo e passa a ser um fim (objectivo).
2. O conceito da Educação
Por
complexidade da palavra Educação, ela é definida por varias maneiras e por
vários pensadores. Nesta mesma linha de pensamento, e tendo em conta que cada
sociedade concebe a educação que lhe convêm, esta pode ser entendida como
“processo pelo qual a sociedade forma seus membros à sua imagem e função dos
seus interesses” (PINTO, 2000: 29)
- Educação
“é um conceito amplo que se refere ao processo de desenvolvimento unilateral da
personalidade, envolvendo a formação de qualidades humanas – físicas, morais,
intelectuais, estéticas, tendo em vista a reorientação da actividade humana na
sua relação com o meio social num determinado contexto de relações socais” (LIBÂNEO, 1999: 22).
3. Características de Educação
na Idade Moderna
Reconhecendo
as transformações e evoluções que ocorreram na Educação desde a época primitiva
até a Idade Moderna, houveram vários pensadores que deram o seu contributo.
Segundo
esses pensadores da era moderna, caracterizai-a nos seguintes moldes:
João,
pastor e bispo da Igreja da Moravias um dos mais importantes pensadores
educacionais da época, editou vários livros educacionais sobre os mais diversos
assuntos.
3.1.
João Amos Comenius – (1595 -
1670), Didáctica Magna.
Na
sua obra Didáctica Magna entre os vários assuntos, destaca: a finalidade de
educação, o conteúdo da educação, o método e a organização das escolas.
Comenius,
defendeu o “democratismo”, dizia que a escola devia ser para todos sem ter
em conta a condições sócias. Dizia também que organizar um sistema ao ensino de
criança com diferente capacidade com vista os mais capazes deviam ajudar os
menos capazes. Defendeu Aida o principio “sensualismo”, em que o ensino tinha
que começar pelos órgãos de sentido (ouvir, ver e sentir) e a partir deste
principio formula o método directo e intuitivo, que consiste em utilização de
material concretizador na administração de aulas, isto é, partindo de coisas
concretas.
Segundo
Comenius “a finalidade de Educação é ajudar a alcançar o ultimo fim do homem
que é a facilidade eterna com Deus”
Portanto
a Educação na Idade Moderna tinha como objectivo preparar o homem para a vida.
Devendo com isso adquirir certas qualidades como: reconhecimento, a vontade e a
piedade.
3.1.1.
Organização das escolas
Segundo
Comenius “a organização do sistema educacional devia compreender 24 anos,
divididos em etapas ou escolas”.
-
Escola de infância ou materna (0 – 6 anos)
Educação
familiar com a função de ensinar a criança a falar e cultivar os sentidos.
-
Escola Vernácula (elementar), (6 – 12 anos)
Escola
Vernácula em cada município devia existir, com a função de desenvolver a língua
materna, leitura, canto, ciências sociais, aritmética e a memoria;
-
Escola latina ou ginásio (12 – 18 anos)
Em
cada cidade devia existir este tipo de escola, com a função de desenvolver a
ciência;
-
Academia ou Universidade (18 – 24 anos)
Devia
existir em cada capital, com recomendações de trabalhos práticos e viagens para
contemplar a natureza.
Como
continuação deste, o Camenius propunha o Colégio da Luz, uma instituição dedicada
ao estudo científico de todo e qualquer assunto.
3.2.
John Lock (1632 - 1704) o
método moderno
Com
o método moderno, o Lock evidenciou a importância do professor a ter em conta
com a psicologia da criança, refere-se as particularidades das crianças, que
difere de uma criança a outra.
De
acordo o Lock, encontramos duas ideias fundamentais da Pedagogia:
1ª A Educação próxima da vida, tinha que ser prática e
utilitária. Para Lock, “a Educação visava o desenvolvimento do pensamento
livre, espírito crítico independente e preparação para a vida real”.
Segundo
ele, “as disciplinas tinham que incluir conteúdos que tinham relação com a vida
pratica”;
Exemplo:
contabilidade, carpintaria, jardinagem, actividades
laborais e ensinava o uso de métodos directos, activos e práticos e também não
deixou de fora as actividades lúdicas.
2ª O ensino individual. O ensino tinha que se
organizar tendo em conta as inclinações da criança e consequente individualização
do ensino segundo essa inclinação. Não era apologista de ensino por classe ou
aula colectiva.
Na
Pedagogia Lock, a criança deve-se colocar no centro do processo educativo e a ligação
entre a pedagogia e Psicologia, foram os grandes contributos do Lock.
3.3.
Jean – Jacques Rosseau (1712 -
1778)
Jean
– Jacques Rosseau, colocou pela primeira vez as questões de infância de Educação,
defendeu que “o mundo das crianças era diferente do mundo dos adultos e por
isso os conteúdos da Educação da criança tinham que ser diferente aos dos
adultos”. Afirma ainda que “ a criança não devia ser forcada a entender
fenómenos que não entende”.
Ele,
considerou a Educação como sendo “um processo natural e não artificial; sendo
natural havia toda necessidade de se ter em conta o desenvolvimento do
individuo desde a nascença ate toda sua vida ou processo continuo para toda a
vida”. Defendeu a simplificação do processo educativo, a e4ducacao devia ser
simples privilegiando a demonstração dos objectos.
Rosseau
deu importância a criança, dizendo que “não podemos considerar a criança como
um pequeno adulto em miniatura”.
Devido
a sua inclinação em psicologia, foi o primeiro a introduzir o princípio de
idades na aprendizagem.
3.4.
Johann Henrich Pestalozzi (1746
- 1827)
Pestalozzi
defendeu como princípios fundamentais “a
observação e a percepção sensorial”.
-
Privilegiava a ligação entre a
linguagem e a observação. Segundo ele, “em qualquer ramo de conhecimento os
conteúdos devem partir do mais simples para mais complexo, e tem haver com o
desenvolvimento do indivíduo”.
Pestalozzi
veio incrementar reforma na sociedade, usa a Educação nas camadas populares
para atingir as suas reformas na sociedade.
-
Criou um instituto para crianças
desfavorecidas onde seu objectivo principal era permitir o desenvolvimento
psíquico da criança.
3.5. John Dewey (1859 - 1952) a Educação pela Acção
Dewey
defende “um ensino pela acção e não pela destruição”, a sua pedagogia
baseava-se no interesse. Para ele, “o interesse ‘e uma coisa dinâmica, portanto
está ligado a própria actividade que desenvolve se com a complicar do processo,
a achava educação pragmática”. Defende ainda a participação do indivíduo na
actividade, na forma consciente.
Segundo
Dewey, “o processo pedagógico tem dois aspectos: Psicológico e Social”
- Aspecto Psicológico. Consiste em desabrochar as potencialidades que traz ao nascer;
- Aspecto Social. Consiste em preparar o indivíduo para se adaptar as obrigações que dever’a cumprir quando for adulto na sociedade.
De
acordo com o Dewey, “ a escola deve realizar-se em forma de comunidade; a função
do Estado é adoptar de meios para integrar e desenvolver integralmente as suas
actividades; as matérias escolares são organizadas em termo da própria
comunidade”
-
Primeiro ensinar as crianças as
matérias que vão familiarizá-las no ambiente em que está no tempo e espaço;
-
As crianças devem ser ensinadas as
matérias que vão fornecer instrumentos para aprofundar as primeiras leituras e
escritas. Em paralelo, devem ocorrer as actividades expressivas ou manuais
(cozinhar, costurar, carpintaria e mercearia).
3.5.1. O método de Dewey
Para
ele a experiência da vida se apresenta diante de problemas que a Educação deve
ajudar a resolver. Assim o método para resolução desses problemas, é o da Indagação
As
indagacoes têm vários momentos:
- Situação problemática onde é indispensável que a criança possa fazer em muito e livremente as experiências de tal modo que, no decurso destas, possa emergir certa altura, situações problemáticas (qualquer que aprende é algo de novo).
- Desenvolvimento das ideias, mediante o raciocínio ou seja, o momento da intelectualização;
- Observação na experiência. Provar várias hipóteses;
- Reelaboração das hipóteses;
- Verificação ou aplicação prática.
3.6.William Kilpatrick (1871 - 1968) Método de Projecto
O
Kilpatrick, foi o percursor da teoria de Dewey. Ele, adoptou um ensino mais
global e menos segmentado e disperso com o seu método de projecto.
-
Com esse método dos projectos,
pretendia prepara a criança para a vida futura (projecto de produção, de
consumo, para resolver um problema, aperfeiçoar uma técnica de aprendizagem),
cuja sua implementação era feita fora da escola.
Para
ele um bom projecto didáctico, era aquele que apresentava as seguintes
características:
-
Actividade motivada;
-
Plano de trabalho, de preferência
manual;
-
Diversidade globalizada do ensino;
-
Ambiente natural.
3.6.1. Princípios educacionais do
Kilpatrick
Para
que ele alcançasse os seus objectivos com o seu método, elaborou os seguintes
princípios:
1º. Não ceder aos interesses nem
reprimi-los. Isto é, malograr este trabalho de descoberta que terá como
resultado certo a substituição do capricho pelo verdadeiro interesse (ceder aos
interesses) e reprimir interesse implica colocar o adulto na situação de
criança e enfraquecer a curiosidade e velocidade que traz.
Essa
doutrina busca a Educação no interesse, substitui o capricho a experiência
rudimentar e desordenada da criança pela sua experiência organizada e
amadurecida do adulto.
Segundo
ele, “o verdadeiro pedagogo é aquele que graças a sua ciência e experiência, é
capaz de ver nos interesses não só pontos de partida para a educação, mas
possibilidade que conduzem a um objecto ideal”.
- Conclusão
Fazendo
uma analise conclusiva, de acordo com as pesquisas feitas pelo grupo, quanto a
abordagem do tema sobre “Educação na Idade Moderna ”, o grupo constatou que A Educação é definida por varias maneiras e por vários pensadores.
Nesta mesma linha de pensamento, e tendo em conta que cada sociedade concebe a educação
que lhe conve, esta pode ser entendida como “processo pelo qual a sociedade
forma seus membros à sua imagem em função dos seus interesses. Por sua vez, na Idade Moderna, a Educação dava oportunidade a todos aqueles que a
pretendesse e tinha como finalidades, proporcionar conhecimentos
científicos, capacidades e habilidades aos beneficiários, para enfrentarem as situações
da vida; desenvolver competências no educando para enfrentar a sua própria vida
e as necessidades da sociedade onde está inserido. De entre várias ideias de vários pensadores destacados a volta da
educação nesta era, todas vê a educação como instrumento usado para a preparação
do Homem para a vida.
- Bibliografia
GADOTTI, M. Capitulo 6 – Historia das Ideias Pedagógicas.
Editora Ática: São
Paulo. 1998.
COMENIUS, Amos. Hisotria da Educacao disponivel em: http://www.histedbr.fae.unicamp.br/res
220. Pdf.. Acesso: Marco de 2009
BETINI, Rita Filomena Andrade Januário. Educação na
Idade Moderna. Capitulo
3. www.avercamp.Comber/ livros/
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