Ano
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Acontecimento no âmbito da
alfabetização de adultos em Moçambique
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1973
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Seminário Pedagógico que prepara os
estudantes para uma campanha de alfabetização de adultos nas Zonas
Libertadas.
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1974
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obedecer a reforma
do sistema educativo, entre as quais4:
ü Introdução da
modalidade de ensino para adultos equivalentes aos ensinos básico, secundário
e superior;
ü
Actividades de promoção cultural ou profissional
destinadas, em especial, aos adultos, nomeadamente cursos de extensão
cultural e de formação, aperfeiçoamento, actualização e especialização
profissional.
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1975
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1976
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1977
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1978
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1981
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1983
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1990
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1991
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1992
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1993
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1994
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1996
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ü Reflectir sobre a
política de Educação não Formal e estratégias da sua implementação;
ü Analisar e
sistematizar as experiências e o desenvolvimento da ENF em curso no País;
ü Perspectivar
alianças e contribuições da Sociedade Civil no âmbito de Educação para Todos
Participaram, para além dos quadros das
estruturas centrais e provinciais da Educação, docentes da UEM e UP,
representantes das Agências do Sistema das Nações Unidas e de ONG’s. O Fórum
recomendou a criação de um Grupo de Acção multissectorial para reflectir
sobre planos e estratégias e mobilizar recursos para projectos de
desenvolvimento comunitário
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1998
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2000
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2001
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Pagina que se pretende publicar trabalhos sobre a andragogia produzidos pelo autor.
andragogia
Conceitos chaves em andragogia
quarta-feira, 25 de abril de 2012
cronologia da Alfabetizacção de Adultos em Mocambique
Método de trabalho independente em Educação
Método de trabalho independente em Educação
Por:
António Pedro
1.1
Definição
Segundo LIBÂNEO ( ) “ O método de trabalho
independente dos alunos consiste de tarefa dirigidas e orientadas pelo
professor, para que os alunos as resolvam de modo relativamente independente e
criador”. Este pressupõe determinados conhecimentos, compreensão da tarefa e do
seu objectivo, a domínio do rnétodo de solução, de modo que os alunos possam aplicar conhecirnentos e habilidades sem a
orientação directa do professor.
O aspecto mais importante do trabalho independente
é a actividade mental dos alunos, qualquer que seja a modalidade de tarefa
planejada pelo professor para estudo individual.
Em alunos de várias séries de ensino
numa mesma classe, os professores são obrigados a dar tarefas de estudo
independente para uma turma enquanto dão a aula expositiva para outra. Esse trabalho
individual é silencioso e em muitas
vezes usa-se mais para manter os alunos
“ocupados” que para garantir melhor assimilação da matéria, aprimoramento de
método independentes de estudo e solução criativa de problemas ou tarefas.
Em outros casos, ocorre na mesma sala onde o professor dá a aula,
prejudicando atenção e a concentração dos que trabalham individualmente.
Para que trabalho independente seja, de facto, um método pedagógico, é
preciso que seja planificado em correspondência com os objectivos, conteúdos e
outros procedimentos metodológicos.
1.2 Tarefas do trabalho
Independente
O trabalho independente pode ser adoptado
em qualquer momento, sequência da unidade didáctica ou aula, corno tarefa: preparatória, assimilação do conteúdo ou de
elaboração pessoal. ( Cfr LIBANEO : )
1.2.1 Na tarefa preparatória
Os alunos escrevem o que pensam
sobre o assunto que será tratado, colhem dados e observações, respondem um
breve questionário ou teste, fazem uma
redacção sobre um tema. Essa tarefa serve a verificar as condições prévias dos
alunos, levantar problemas que depois serão aprofundados, despertar o interesse
pelo assunto, provocar urna atitude interrogativa do aluno etc.
1.2.2 As tarefas de assimilação do conteúdo
São conjunto de actividades constituídas por: exercícios de aprofundamento
e aplicação dos temas já tratados; estudo dirigido; solução de programas ,
pesquisa com base num problema novo; leitura do texto do livro, desenho de e tapas
depois de uma aula de Geografia etc.
Tarefas desse tipo devem ser intercaladas no decorrer da aula expositiva ou
aula de conversação: o professor interrompe a aula e intercala alguns minutos
de trabalho individual ou em duplas de alunos.
Os resultados desta tarefa podem não ser perfeitos ou correctos, mas mesmo
os erros cometidos e as soluções correctas servem para preparar os alunos para
rever conhecimentos e assimilar a
solução correcta.
1.2.3 As tarefas de elaboração pessoal
São exercícios nos quais os alunos conduzem respostas surgidas do seu
próprio pensamento. O modo prático solicitar esse tipo de tarefa é fazer uma
pergunta ao aluno que o leve pensar: “ o que aconteceria se...” , “ o que devemos
fazer quando. . .” ,” para que vive..”.
O aluno também pode relatar o que
viu ou observou (urna planta, animal, uma experiência urna visita, um estudo do
meio) ou contar o que aprendeu.
1.3 Condições para o uso do
trabalho Independente
Para que o trabalho independente cumpra a sua função didáctica são necessárias
condições prévias. O professor precisa:
ü Dar
tarefas claras, compreensíveis e adequadas, a altura dos conhecimentos e da
capacidade de raciocínio dos alunos;
ü Assegurar
condições de trabalho (local, silêncio, material disponível etc.);
ü Acompanhar
de perto (as vezes individualmente) o trabalho;
ü Aproveitar
o resultado das tarefas para toda a classe.
Os alunos, por sua vez, devem:
ü Saber
precisamente o que fazer e corno trabalhar;
ü Dominar
as técnicas do trabalho (corno fazer a leitura de um texto, como utilizar o
dicionário ou a enciclopédia, corno fazer observação ou experimento de um fenómeno,
como fazer resumo, como destacar ideias principais e ideias secundárias, desenvolver
atitudes de ajuda mútua) não apenas para
assegurar o desempenho de trabalho na classe, mas também para pedir ou receber
auxílio do colegas.
Uma das formas didácticas mais comuns para pôr em prática o trabalho
independente e auxiliar no desenvolvimento mental dos alunos é o estudo
dirigido individual ou em duplas de alunos. Ele se cumpre fisicamente por meio
de duas funções: a realização de exercícios e tarefas de reprodução de conhecimentos
e habilidades que se seguem a explicação do professor e a elaboração pessoal de
novos conhecimentos, a partir de questões sobre problemas diferentes daqueles
resolvidos em classe.
1.4 O estudo dirigido
procura:
ü Desenvolver habilidades e hábitos de
trabalho independente e criativo sistematizar e consolidar conhecimentos,
habilidades e hábitos;
ü Possibilitar a cada aluno,
individualmente, resolver problemas;
ü Vencer dificuldades e desenvolver métodos próprios
de aprendizagem;
ü Possibilitar aos alunos o desenvolvimento
da capacidade de trabalhar de forma livre e criativa, com os conhecimentos adquiridos,
aplicando-os a situações novas, referentes a problemas do dia a dia da sua vivência
e a problemas mais amplos da vida social;
ü Possibilitar ao professor a observação de
cada aluno em suas dificuldades e progressos, bem como a verificação da
eficácia do seu próprio trabalho na condução do ensino.
1.5 Funções do estudo dirigido
A primeira função do estudo dirigido é a realização de exercícios e tarefas
de reprodução de conhecimentos e habilidades, seguindo-se a exposição verbal,
demonstração, ilustração ou exemplificação, que são formas didácticas do método
expositivo. A combinação da explicação do professor com exercícios é um recurso
necessário para uma boa consolidação dos conhecimentos.
Antes, portanto, de o aluno realizar uma actividade de reprodução do
material assimilado (por exemplo, separar as partes de uma planta), são
necessários conhecirnentos já organizados sobre a planta e suas partes, bem
como sobre o modo de proceder na análise e descrição das funções de cada
planta. Evidentemente, na fase de explicação verbal o professor já possibilita
a actividade cognoscitiva dos alunos, explorando os seus conhecimentos prévios
e a sua vivência em relação as plantas, bem como os factos sociais que envolvem
esse assunto. Mas o estudo dirigido, para levar a elaboração pessoal do aluno
por meio de exercícios e tarefas de classe ou o mesmo procedimento deve ser
aplicado em relação a tarefas na forma de testes que são colocados, frequentemente,
nos livros didácticos actuais. Esse tipo de exercício pode ser útil para
combinar a exposição verbal do professor e a actividade dos alunos, mas supõe
uma sólida compreensão e assimilação do assunto, sem o que as respostas ficam
mecânicas, e levar a consolidação dos conhecimentos.
A segunda função do estudo dirigido é proposição de questões que os a1unos
possam resolver criativamente, de modo que assimilem o processo de busca de soluções
de problemas. Esse tipo de estudo dirigido consiste de uma tarefa cuja solução
e cujo resultado são desconhecidos para o aluno; mas, dispondo de conhecimentos
e habilidades já assimilados, ele pode buscar a sua solução. As questões ou
problemas devem, pois, ser compatíveis com as capacidades e possibilidades dos
alunos.
O procedimento de investigação e solução de problemas contém seguintes
elementos: colocação do problema; colecta de dados e informações para tomá-lo
bem caracterizado; identificação de possíveis soluções; e escolha de soluções
viáveis em face das condições existentes (conhecimentos tecnologia disponíveis,
possibilidades concretas de actuação sobre o problema).
O uso desta técnica visa não apenas a aplicação de conhecimentos a questões
novas no âmbito da matéria, mas também a situações da vida ática. Favorece o
desenvolvimento das capacidades criadoras e incentiva atitude de participação
dos alunos na problemática que afecta a vida colectiva estimula o comportamento crítico perante os factos
da realidade social.
A aplicação deste procedimento no decorrer das aulas, seja individualmente
ou em grupos, requer a colocação de tarefas simples que possam ser resolvidas
em curto espaço de tempo.
Tratando-se de problemas ou etapas mais complexas, devem ser realizados no
decorrer de um trimestre ou semestre, em
grupos, e desenvolvidos paralelamente a prograrnação normal das aulas.
1.6 Requisitos para o estudo
dirigido
Qualquer que seja a forma do estudo dirigido, devem ser observados alguns
requisitos: ter claros os objectivos e os resultados esperados; corresponder
aos conteúdos da matéria; observar o tempo disponível; ter os meios de trabalho
a mão (livros, mapas, ilustrações, dicionários, atlas etc.); utilizar
resultados obtidos no trabalho de cada aluno para a classe toda.
O estudo dirigido deve começar, sempre, com uma orientação da tarefa da de
leitura de um texto, questões de compreensão de texto, exercícios (Ex: classifique,
consulte, escreva etc.) e questões ou perguntas e clareza e precisão (o que é,
por quê, quando, onde, como temente, a orientação da tarefa deve ser escrita.
Os alunos realizarão a tarefa silenciosamente (as vezes em duplas). O professor
percorre a classe observando como: está resolvendo as questões.
Pode dar algum esclarecimento deixar
o aluno buscar as soluções sozinho, mesmo que sejam erradas. “Após o término da
tarefa, é necessário retomar aos erros e corrigi-los. As vezes a matéria deve
ser revisada, os conhecimentos.
Outras formas de trabalho independente são a pesquisa escolar (resposta a questões
com consultas enciclopédias) e a instrução programada. As fichas didácticas
englobam fichas de noções, de correcção. Cada tema estudado recebe uma
numeração, de sequência do programa. Os alunos vão estudando os conteúdos; os exercícios e comparando as suas respostas
com as que nas fichas de correcção.
Processos Cognitivos
Introdução
A psicologia cognitiva estuda a
cognição, os processos
mentais que estão por detrás do comportamento. Esta área
de investigação cobre diversos domínios, examinando questões sobre a memória , atenção, percepção, representação
de conhecimento, raciocínio,
criatividade e resolução
de problemas.
A vida cognitiva é um conjunto de fenómenos representativos ou do conhecimento. Embora
não seja muito fácil definir o conhecimento mas sabe-se que conhecer é
representar alguma coisa; conhecemos um objecto quando a sua representação
existe no nosso espírito.
Do
processo de aquisição dos elementos, faz parte a percepção e a sensação
enquanto que a maneira como se conservam e combinam os conhecimentos adquiridos
constituem a imagem, a memória, a associação e a imaginação e finalmente a
elaboração pela inteligência das ideias, juízos e raciocínios a partir dos
dados sensoriais.
O
presente trabalho de carácter de investigação para a cadeira de Introdução `a
Psicologia resultou de consultas bibliográfica sobre o conceito dos processos
cognitivos ( sensação, percepção, memoria, pensamento e imaginação) e sua
importância no processo de ensino e aprendizagem
1. Processos cognitivos
Processo cognitivo é a
realização das funções estruturais da representação (idéia ou imagem que
concebemos do mundo
ou de alguma coisa) ligadas a um saber referente a um dado objecto. Constitui
na execução em conjunto das unidades do saber da consciência,
que foram baseados nos reflexos sensoriais, representações, pensamentos
e lembranças, com o processo mental que consiste em escolher ou isolar um
determinado aspecto de um estado de coisas relativamente complexas, a fim de
simplificar a sua avaliação, classificação ou para permitir a comunicação do
mesmo através da abstração.
Wundt o pai da psicologia estudava a consciência, por muito tempo ela não
foi aceita como objecto de estudo na ciência, mas a psicologia cognitiva
promove uma revolução paradigmática ao colocar a consciência no centro das
pesquisas em psicologia novamente.
1.1 Sensação
Segundo SARAIVA (
S/D:96) “ Sensação, é o estado da consciência provocado pela excitação
de um órgão sensorial”. É o fenómeno primário e mais simples de toda a vida
prática , falando com rigor não pode definir-se mas pode descrever-se como:
ü Fenómeno psicofisiológico
provocado pela excitação de um órgão sensorial;
ü É uma reacção da consciência
`a um estímulo externo ou interno;
ü É um dado imediato da
consciência pelo qual ela intui uma qualidade sensível dos objectos ( cor, som,
sabor )
A
aquisição de conhecimentos é feita pela sensação e percepção que são as bases
do conhecimento sensível, conhecimento este que nos representa os objectos do
mundo exterior por intermédio dos sentidos.
Os
objectos externos excitam os órgãos dos sentidos por meio de estímulos e
provocam as sensações graças as quais o espírito os percebe.
1.1.1 Fenómenos do
processo da sensação
Excitação ou acção do excitante sobre as
terminais nervosas dos órgãos sensoriais – Fenómeno
físico.
Exemplo: raios luminosos, vibrações
Impressão provocada pela excitante nas células terminais, a condução pelos nervos
sensitivos aos centros nervosos cerebrais e a recepção da impressão do cérebro
– Fenómeno fisiológico;
A
sensação que se produz no termo de todo este processo e constitui o fenómeno
psíquico
1.1.2 Aspectos da sensação
Na
sensação podemos encontrar três aspectos:
ü Aspecto Afectivo – a sensação é no dizer de Spencer agradável ou desagradável – aspecto da vida activa
ü Aspecto Activo – a sensação corresponde um movimento e até frequentemente ela exige
uma adaptação motriz do órgão sensorial;
ü Aspecto representativo – a sensação representa e intui uma qualidade sensível do objecto; que
pode caracterizar-se sob este ponto de vista, a representação sensível de uma
qualidade do objecto sem qualquer
referencia ao objecto a que pertence, pois neste caso, teríamos a percepção que
envolve sempre juízo da exterioridade, embora implícito a uma interpretação da
sensação
1.1.3 Leis da
sensação
As
leis da sensação podem dividir-se em três grupos:
Leis Psicofísicas – respeitam as condições de eficácia do estímulo e podem ser: leis do
limiar inicial ou diferencial.
Leis Psicofisiológicas – respeitam ao papel dos
aparelhos receptores e podem ser: leis de especialização dos org~aos receptores
e a lei específica dos neuros;
Leis Psicológicas – que se referem ao condicionamento recíproco das sensações e podem
ser: leis da relatividade e leis da fusão
1.2 Percepção
Segundo FOUQUIÉ citado por RIBEIRO (2005 : 118) “
Percepção é o acto pelo qual o espírito interpreta os dados sensoriais e os
refere a um objecto exterior ou é o conhecimento de um objecto externo, provocado
por uma excitação sensorial e acompanhado de um sentimento da realidade”.
Percepção é a função cerebral que atribui significado a estímulos
sensoriais, a partir de histórico de vivências passadas. Através da percepção
um indivíduo organiza e interpreta as suas impressões sensoriais para atribuir
significado ao seu meio. Consiste na aquisição, interpretação, selecção e
organização das informações obtidas pelos sentidos. Ela pode ser estudada do
ponto de vista Psicológico ou fisiológico, envolvendo estímulos eléctricos
evocados pelos estímulos nos órgãos dos sentidos.
1.2.1 Teorias da
percepçào
Teoria associacionista
Segundo Thomas
Reide (m.1796) admite como base primeira do conhecimento, a existência de “
unidades psíquicas elementares “ ( as sensações ) as quais combinando-se entre
si e associando-se a representações de experiências passadas, se estruturam em
percepções. Sendo esta
( percepção) “
a síntese de sensações actuais e de lembranças de experiências anteriores”
Teoria gestalista
Uma totalidade,
longe de ser soma, dos elementos que contém, é antes o seu acondicionamento.
Pelo que, um elemento integrado numa totalidade, é diferente desse mesmo
elemento quando isolado, ou integrado numa outra totalidade.
1.2.2 Tipos de Percepção
Nos seres humanos, as formas mais desenvolvidas são a percepção visual e
auditiva, pois durante muito tempo foram fundamentais à sobrevivência da
espécie (A visão e a audição eram os sentidos
mais utilizados na caça e na protecção contra predadores). Além da percepção
ligada aos cinco sentidos, os humanos também possuem capacidade de percepção
temporal e espacial.
Percepção visual
ü A visão é a percepção de raios luminosos pelo sistema visual.
Percepção auditiva
ü A audição é a percepção de sons pelos ouvidos. A
psicologia, a acústica e a psicoacústica
estudam a forma como percebemos os fenómenos sonoros.
Percepção olfactiva
ü O olfacto
é a percepção de odores pelo nariz. Este sentido é relativamente tênue nos
humanos, mas é importante para a alimentação. A memória olfactiva também tem
uma grande importância afetiva. A perfumaria e a enologia são aplicações dos conhecimentos de percepção
olfactiva.
Nota: Em alguns animais, como os cães, a percepção
olfactiva é muito mais desenvolvida e tem uma capacidade de discriminação e
alcance muito maior que nos humanos.
Percepção Gustativa.
O paladar é o sentido de
sabores pela língua.
Importante para a alimentação. Embora seja um dos sentidos menos desenvolvidos
nos humanos, o paladar é geralmente associado ao prazer e a sociedade contemporânea
muitas vezes valoriza o paladar sobre os aspectos nutritivos dos alimentos.
Percepção táctil
O tacto é sentido pela pele em todo o
corpo. Permite reconhecer a presença, forma e tamanho de objectos em contacto
com o corpo e também sua temperatura. Além disso o tacto é importante para o
posicionamento do corpo e a protecção física.
O tacto não é distribuído
uniformemente pelo corpo. Os dedos da mão possuem uma discriminação muito maior
que as demais partes, enquanto algumas partes são mais sensíveis ao calor.
Percepção temporal
Não existem órgãos específicos para a percepção do tempo, no entanto é certo que as
pessoas são capazes de sentir a passagem do tempo. A percepção temporal esbarra
no próprio conceito da natureza do tempo, assunto controverso e tema de estudos
filosóficos, cognitivos e físicos, bem como o conhecimento do funcionamento do cérebro (neurociência).
A percepção temporal já foi objecto de diversos estudos desde o século XIX até os dias de hoje, quando é estudado por técnicas de imagem como a ressonância magnética.
Percepção espacial
Assim como as durações, não possuímos um órgão específico para a percepção
espacial, mas as distâncias entre os objectos podem ser efectivamente
estimadas. Isso envolve a percepção da distância e do tamanho relativo dos objectos.
A razão para separar a percepção espacial das outras modalidades repousa no
fato de que aparentemente a percepção espacial é supra-modal, ou seja, é
compartilhada pelas demais modalidades e utiliza elementos da percepção
auditiva, visual e temporal. Assim, é possível distinguir se um som procede especificamente
de um objecto visto e se esse objecto (ou o som) está aproximando-se ou
afastando-se.
1.3 Memória
Para
SARAIVA (S/D:138) “ A memória é o conjunto das funções psíquicas de fixação,
evocação e reconhecimento”
Memória,
“ é o poder que o espírito tem de conservar, reproduzir, reconhecer e localizar
os estados da consciência anteriormente experimentados” segundo RIBEIRO
(2005:136)..
O
objecto da memória são todos os estados da consciência do passado como:
emoções, pensamento, resoluções entre outros.
Ela
está intimamente relacionada com os fenómenos de associação. Porém, para que
estes sejam associados é necessário que se tenham conservado no espírito e
possam reaparecer pois a associação é a lei fundamental da memória.
1.3.1 Tipos de Memória
Memória declarativa. É a
capacidade de verbalizar um fato. Classifica-se por sua vez em:
ü Memória imediata. É a memória que dura de
fracções a poucos segundos, como por exemplo: a capacidade de repetir
imediatamente um número de telefone que é dito.
ü Memória de curto prazo. É a memória com duração
de algumas horas. Neste caso existe a formação de traços de memória. O período
para a formação destes traços se chama de Período de consolidação. Um
exemplo desta memória é a capacidade de lembrar do que se vestiu no dia
anterior, ou com quem se encontrou.
ü Memória de longo prazo. É a
memória com duração de meses ou anos. Um exemplo é a capacidade de aprendizado
de uma nova língua.
Memória
de procedimentos. É a capacidade de reter e
processar informações que não podem ser verbalizadas, como tocar um instrumento
ou andar de bicicleta. Ela é mais estável, mais difícil de ser perdida.
1.3.3 Factores relacionados
com a perda de memória
a) Amnésia
- é a perda parcial ou
total da capacidade de reter e evocar informações. Qualquer processo que
prejudique a formação de uma memória a curto prazo ou a sua fixação em memória
a longo prazo pode resultar em amnésia.
b) Paramnésia
- ´a confusão de
percepção com a lembrança do passado e o presente
c) Hipermnésia
– é a perda da faculdade
de esquecer
Doença de Alzheimer - predomina a perda gradativa da memória, pois ocorrem lesões inicialmente nas áreas cerebrais responsáveis pela memória declarativa, seguidas de outras partes do cérebro.
1.3.4 Importância
da memória
A
memória intervem em todos os actos ao espírito, a ponto de dizer sem ela a vida
psíquica seria impossível: não poderiam existir percepções, ideias,
comparações, juízos e raciocínios. Ela é condição do progresso intelectual pos
sem ela não haveria progresso nos nossos conhecimentos.
Segundo
HERING citado por SARAIVA ( 1974:128) “ memória, é um património ávido que
constituiu origem e o traço de união de
toda a vida consciente”
1.4 Imaginação
Imaginação é
etimologicamente ” Pensar e exprimir-se por imagens “ porém o modo de utilizar as imagens com o que
pensamos ou nos exprimimos é extremamente variável.
Nosso espírito não se
limita a ser imóvel, encerrado no mundo das imagens, mas procura obter delas
certos resultados. É a partir delas que elabora as ideias , combina-as em
juízos, e estes m raciocínios. Porém é necessário que as imagens estejam
armazenadas no espírito para as podermos reproduzir e combinar.
Imaginação, é o poder do espírito pelo qual
reproduzimos e combinamos as imagens.
Ela divide-se em
imaginação reprodutora ( poder do espírito de fazer reviver as imagens dos
objectos sensíveis, tais como aparecem pela primeira vez) e criadora ( o poder
do espírito de combinar imagens antigas para formar novos agregados que os
sentidos nunca presenciaram).
1.4.1 Formas de
imaginação
ü Imaginação reprodutora – faculdade de evocar imagens tal com foram fixados pela memória.
ü Imaginação criadora – construção de estruturas representativas novas, pela decomposição e
novo arranjo de estruturas perceptivas anteriores
1.4.2 Importância da
imaginação
Pela memória o homem
fixa o passado; pela percepção apreende o presente. A imaginação não só ajuda a
alargar os horizontes da memória , como permite ainda antecipar e construir o
futuro. A imaginação é assim uma das nossas funções mais importantes e o homem
um ser cujo o nível de existência
depende, antes de mais, do nível de desenvolvimento da sua capacidade
inventiva.
1.5 Pensamento
Etimologicamente,
pensar significa avaliar o peso de alguma coisa. Em sentido amplo, podemos dizer
que o pensamento tem como missão tornar-se avaliador da realidade.
Pensamento é um processo mental que permite aos
seres modelarem o mundo e com isso lidar
com ele de uma forma efectiva e de acordo com suas metas, planos e desejos. O pensamento é considerado
a expressão mais "palpável" do espírito humano, pois através de
imagens e ideias revela justamente a vontade deste.
O principal veículo do processo de consciencialização é o pensamento. A actividade
de pensar confere ao homem "asas" para mover-se no mundo e
"raízes" para aprofundar-se
na realidade.
Segundo Descartes
(1596-1650), filósofo de grande importância na história do pensamento, a
essência do homem é pensar. Por isso dizia: "Sou uma coisa que
pensa, isto é, que duvida, que afirma, que ignora muitas, que ama, que odeia,
que quer e não quer, que também imagina e que sente".
O pensamento faz a grandeza ou a pequenez do homem. A grandeza decorre do
pensamento bem pensado, que avalia a multiplicação do real e se esforça para
desvendá-lo atentamente, saboreando sua riqueza e diversidade. Tal pensamento
aprendeu a filosofar: a desejar amorosamente a verdade, a amar a sabedoria.
Enquanto que a pequenez decorre no pensamento obscuro, mesquinho que desconhece
o sabor da busca do saber. Este pensamento transforma-se em meio de ocultação
da realidade por meio dele a actividade pensante, em vez de servir à liberdade
pode transforma-se em instrumento de dominação social.
1.5.1 Características
do pensamento
- Pensamento especulativo – Quando se volta para esfaculação na busca do conhecer para saber, ou nela prazer de chegar a verdade
- Pensamento a priori – quando conclui sem fazer apelo `a experiência
- Pensamento prático – ordenado `a acção, conhecer para aplicar
- Pensamento aposterior – se procede de observação dos factos, e conclui pela via da experiência
- Pensamento introspectivo – se compreende também se o universo existente for do homem
- Pensamento consciente e inconsciente – segundo o grau da consciência da pessoa que pensa
1.5.2 Importância da
imaginação
Muitos
psicólogos cognitivos e filósofos de diversas escolas, sustentam a tese de que,
ao transitar pelo mundo, as pessoas
criam um modelo mental de como o mundo funciona (paradigma. Ou seja, elas sentem o
mundo real, mas o mapa sensorial que isso provoca na mente é provisório, da
mesma forma que uma hipótese científica é provisória até ser comprovada ou
refutada ou novas informações serem acrescentadas ao modelo (v. Método
científico).
Conclusão
Depois de uma longa
abordagem sobre os processos mentais ou simplesmente aqueles que estão por detrás do comportamento.
A
vida cognitiva como um conjunto de
fenómenos representativos ou do conhecimento sabe-se que conhecer é representar
alguma coisa; conhecemos um objecto quando a sua representação existe no nosso
espírito. A descrição feita sobre os vários processos cognitivos, permite
dar-nos uma ideia geral sobre o funcionamento destes processos e as leis que
regem.
Pela memória, o homem
fixa o passado, pela percepção, apreende o presente e a imaginação ajuda a
alargar os horizontes da memória e da percepção, isto é, a reconstruir o
passado distante, ou desvassar o presente oculto.
Desde já, espera-se que os
leitores façam um uso proveitoso deste trabalho que foi carinhosamente
produzido e compilado pelos membros do grupo e caso não se sintam saciados com
as informação constantes neste trabalho sobre o tema poderão buscar informação
recorrendo a outras fontes bibliográficas
Bibliografia
ü RIBEIRO, J. Bonifácio & SILVA, José da; Compêndio de Filosofia 6º e 7º ano Liceal; 9. ed.; Livraria Popular
de Francisco Franco, Lisboa; 2005
ü SARAIVA, Augusto; Psicologia;
6º ano Liceal; 12ª Edição; Porto; 1974
ü Writiting, A; Psicologia Geral; S/E;
São Paulo 1981
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